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Os Contos de Beedle, o Bardo

Recentemente, J.K. Rowling, a criadora de Harry Potter, lançou (Rio de Janeiro: Rocco), mesmo após ter declarado que “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, o sétimo livro da série, encerraria a saga do bruxo. De fato, neste livro não sabemos nada mais de Harry, já que nem mesmo ele é citado na obra. Entretanto, Beedle nos leva de volta ao mundo dos bruxos, ao universo de Harry Potter; além disso, seus contos, como se sabe, foram citados e lidos por seus colegas de escola. A propósito, segundo Rowling, o que a levou a publicar essa coletânea de histórias (já foram publicados “Animais fantásticos e onde habitam” e “Quadribol através dos séculos”) foi uma “novíssima tradução dos contos feita por Hermione Granger”, a amiga sabida de Harry Potter.
O livro de Rowling traz cinco “histórias populares para jovens bruxos e bruxas”, mas que, com as notas explicativas da autora, podem ser perfeitamente lidas pelos “trouxas” (como Rowling se refere às pessoas sem poderes mágicos, como nós). Nessas notas, Rowling esclarece alguns termos próprios do mundo dos bruxos como, por exemplo, “inferi”, que, “são cadáveres reanimados por magia”.
No mundo dos bruxos, Beedle, poder-se-ia dizer, tem a importância do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen e suas histórias se assemelham em muitos aspectos aos nossos contos de fada. Aliás, seus contos tiveram o mesmo destino dos nossos contos de fadas, ou seja, caíram no gosto das crianças e, como lemos no prefácio do livro, são usualmente contadas antes de dormir. Ademais, como afirma Rowling, nesses contos, assim como costuma acontecer nos contos de fadas, “a virtude é normalmente premiada e o vício castigado”.
Nos contos de Beedle, no entanto, a magia nem sempre é tão poderosa quanto se pensa: seus personagens, apesar de serem dotados de poderes mágicos, não conseguem resolver seus problemas somente com magia. As histórias mostram, desse modo, que ao contrário do que se pensa, a mágica pode tanto resolver quanto causar problemas ou pode também não ter efeito nenhum.
Quanto às heroínas do livro, elas são em geral bem diferentes daquelas dos contos de fada “tradicionais”, ou seja, ao invés de esperarem por um príncipe que as venham salvar, elas enfrentam o próprio destino. No conto “A Fonte da Sorte”, por exemplo, são as três bruxas, Asha, Altheda e Amata, que procuram (juntas) a solução para seus próprios problemas. Elas buscam amor, esperança e a cura para uma doença na chamada “fonte da sorte”. Ao final da estória, elas alcançam aquilo que desejam, muito mais por méritos próprios do que pela magia das águas da fonte que, mesmo sem saberem, “não possuíam encanto algum”.
Na verdade, os heróis dos contos não são aqueles com maiores poderes mágicos, mas sim aqueles que demonstram bom senso e que agem com gentileza. Um exemplo é “O conto dos três irmãos”, onde o irmão mais novo, ao se confrontar com a Morte “em pessoa” não tenta trapaceá-la nem fazer mal a alguém. Desse modo, ao contrário dos seus irmãos, ele tem um final feliz, pois “acolheu, então, a Morte como uma velha amiga e acompanhou-a de bom
grado, e, iguais, partiram desta vida”.
Para aqueles que sentiam falta de Dumbledore, o poderoso mago Diretor de Hogwarts, J.K. Rowling mata um pouco da saudade: no final de cada conto, há explicações e comentários do bruxo, os quais foram encontrados após sua morte. Suas explanações são bem pertinentes: elas mostram, por exemplo, que no mundo dos bruxos existia um preconceito contra os não-bruxos (os “trouxas”), há ponto de excluí-los dos contos, ou dar-lhes apenas o papel de vilões, e também alertam para o fato de que alguns dos contos foram censurados ao longo da história e adaptados para que se tornassem “adequados para as crianças”. Isso se assemelha muito àquilo que aconteceu com os contos de fada de um modo geral, os quais sofreram mudanças no enredo para que pudessem se adequar melhor à escola e ao mundo da criança. No entanto, os contos que nos são apresentados no livro são, segundo Dumbledore, os originais, ou seja, são os contos escritos por Beedle há muito tempo, sem adaptações.
Outras questões são trazidas à tona nos contos: amor, tolerância, sentimentos e, como se viu, até mesmo a morte. Isso porque as histórias mostram como a magia não pode resolver tudo e o quão inútil é lutar contra a morte. Sabe-se que a mágica não é capaz de restituir o bem mais precioso: a vida.
Os contos, traduzidos por Hermione Granger das runas, são inéditos, com exceção de “O conto dos três irmãos”, uma história contada para Harry, Rony e Hermione no sétimo livro da série de aventuras de Harry Potter (no capítulo 21, que leva o mesmo título do conto), que tem papel crucial no fim da saga do jovem bruxo.
Quanto às ilustrações do livro, quem as assina é a própria J.K. Rowling, que doou parte do lucro obtido com a venda de Os Contos de Beedle, o Bardo para o “Children’s High Level Group”, uma organização responsável por ajudar cerca de um quarto de milhão de crianças a cada ano.
Em Os Contos de Beedle, o Bardo, sentimo-nos de volta ao “mundo mágico de Harry Potter”. Pena que as 103 páginas do livro acabem tão rápido: para o leitor entusiasta do mago inglês e acostumado com as suas aventuras narradas ao longo de mais de 700 páginas fica um gostinho de “quero mais”. Depois de Beedle, resta aos fãs da magia de Rowling esperar até julho de 2009, quando será lançada a primeira parte do sexto filme baseado na saga de Harry Potter, “Harry Potter e o Príncipe Mestiço”.
No mundo dos livros, no entanto, parece que finalmente (e infelizmente), a saga de Potter ganhou seu ponto final. Será?
Leonardo da Silva é graduando do curso de Letras da UFSC.

Pouco se sabe sobre a vida de Gil Vicente, autor de Auto da Barca do Inferno. Ele teria nascido por volta de 1465, em Guimarães ou em outro lugar na região da Beira. Casado duas vezes, teve cinco filhos, incluindo Paula e Luís Vicente, que organizou a primeira compilação das suas obras.

No início do século 16, há referência a um Gil Vicente na corte, participando dos torneios poéticos. Em documentos da época, aparece outro Gil Vicente, ourives, a quem é atribuída a Custódia de Belém (1506), recipiente para exposição de hóstias feita com mais de 500 peças de ouro. Há ainda mais um Gil Vicente que foi "mestre da balança" da Casa da Moeda. Alguns autores defendem, sem provas, que os três seriam a mesma pessoa, embora a identificação do dramaturgo com o ourives seja mais viável, dada a abundância de termos técnicos de ourivesaria nos seus autos.

Ao longo de mais de três décadas, Gil Vicente foi um dos principais animadores dos serões da corte, escrevendo, encenando e até representando mais de quarenta autos. O primeiro deles, o "Monólogo do Vaqueiro" (ou "Auto da Visitação"), data de 1502 e foi escrito e representado pelo próprio Gil Vicente na câmara da rainha, para comemorar o nascimento do príncipe dom João, futuro rei dom João 3o. O último, "Floresta de Enganos", foi escrito em 1536, ano que se presume seja o da sua morte.

O "Auto da Sibila Cassandra", escrito em 1513, introduz os deuses pagãos na trama e por isso é considerado por alguns como o marco inicial do Renascimento em Portugal.

Alguns dos autos foram impressos sob a forma de folhetos e a primeira edição do conjunto das obras foi feita em 1562, organizada por Luís Vicente. Dessa primeira compilação não constam três dos autos escritos por Gil Vicente, provavelmente por terem sido proibidos pela Inquisição. Aliás, o índice dos livros proibidos, de 1551, incluía sete obras do autor.

Gil Vicente foi considerado um autor de transição entre a Idade Média e o Renascimento. A estrutura das suas peças e muitos dos temas tratados foram desenvolvidos a partir do teatro medieval, defendendo, por exemplo, valores religiosos. No entanto, alguns apontam já para uma concepção humanista, assumindo posições críticas.

Em 1531, em carta ao rei, Gil Vicente defendeu os cristãos-novos, a quem tinha sido atribuída a responsabilidade pelo terremoto de Santarém. Também no "Auto da Índia" apresentou uma visão antiépica da expansão ultramarina.

Gil Vicente classificou suas peças dividindo-as em três grupos: obras de devoção, farsas e comédias. Seu filho, Luís Vicente acrescentou um quarto gênero, a tragicomédia.

Estudiosos recentes preferem considerar os seguintes tipos: autos de moralidade, autos cavaleirescos e pastoris, farsas, e alegorias de temas profanos. No entanto, é preciso lembrar que, por vezes, na mesma peça encontramos elementos característicos de vários desses gêneros.

Gil Vicente vai muito além daquilo que, antes dele, se fazia em Portugal. Revela um gênio dramático capaz de encontrar soluções técnicas à medida das necessidades. Nesse sentido, ele pode ser encarado como o verdadeiro criador do teatro nacional.

Por outro lado, a dimensão e a riqueza da sua obra constituem um retrato vivo da sociedade portuguesa, nas primeiras décadas do século 16, onde estão presentes todas as classes sociais, com os seus traços específicos, seus vícios e suas preocupações. Também no aspecto lingüístico o valor documental da sua obra é inestimável e constitui uma grande fonte de informação sobre o início do século 16 em Portugal.


O espetáculo utiliza “A farsa de Inês Pereira” como pano de fundo para contar a biografia de Gil Vicente, bem como o contexto histórico em que esta história se passa.
Inês, moça simples e casadoura, mas, com grande ambição procura marido que seja astuto, sedutor. A mãe de Inês, preocupada com a sua filha, sua educação, incita-a a casar com Pero Marques, pretendente arranjado por Lianor Vaz. No entanto, Inês Pereira não se apraz do filho do lavrador, por este ser ignorante e inculto. Entram então em cena dois casamenteiros judeus, e Inês se casa com um escudeiro, de sua graça Brás da Mata.
Este casamento depressa se revela desastroso para Inês, que por tanto procurar um marido astuto acabou por casar com um que antes de sair para a guerra, dá ordens ao seu moço que fique a vigiar Inês e que a tranque em casa de cada vez que sair à rua. Meses após a sua partida, Inês recebe a prazerosa notícia de que o seu marido foi morto por um pastor. Não tarda em querer casar de novo e, nesse mesmo dia, chega-lhe a noticia de que Pero Marques continua casadoiro, de resto como ele havia prometido a Inês quando do primeiro encontro de ambos.
Inês casa com ele logo ali e, já no fim da história, aparece um ermitão que se torna amante da protagonista.
O ditado "mais quero asno que me carregue que cavalo que me derrube", não podia ser melhor representado do que na última cena da obra, quando o marido a carrega em ombros até ao amante, e ainda canta com ela "assim são as coisas".
Em meio essa história, Gil Vicente trava um desafio com o seu opositor Pero Marques, para provar que ele mesmo escreve e dirige as peças que levam seu nome como autor.

Milena Frare



Quem assistiu ao espetáculo Inês – Gil Vicente por ele mesmo da Cia dos Ícones na quinta-feira (07 de junho) no Teatro Maria Della Costa em
sessão para convidados, presenciou uma sessão memorável, vibrante, de puro deleite teatral. Digo teatral e não artístico, o que talvez ampliasse melhor seu sentido, por ter sido aquela, belíssima exibição do que pode o teatro.
Precisa do começo ao fim a peça sustenta seu ritmo vibrante graças a um conjunto harmônico dos elementos que a compõe que culminam na interpretação espetacular dos atores. O que nos motiva na interpretação de Inês é a vida que ali se revela em cada gesto ou palavra com simplicidade bombástica. Tudo faz de Inês o espetáculo que é, a direção primorosa no encadeamento das cenas, a qualidade das intervenções musicais da magnífica banda ao vivo e até mesmo a ilusão ingênua criada pelo cenário demodé, mas é o elenco afinadíssimo de atores que faz desta montagem, linguagem contemporânea. Não porque proponha, critique ou indague mas porque se faz presente, plenamente presente, audaciosamente presente, vivaz, porque é alegre e faz rir.
Resultado de uma pesquisa de cinco anos o espetáculo Inês - Gil Vicente Por Ele Mesmo é uma adaptação da peça "Farsa de Inês Pereira" do mestre português, provocando o interesse pelo entretenimento e não apenas pelo documento Gil Vicente, o primeiro autor teatral na literatura portuguesa. A Cia dos Ícones trabalhando com um público de escolas, longe dos holofotes da mídia vem fazendo a cena teatral contemporânea. Para aqueles menos interessados neste circuito "escolar" do teatro, vale a pena ousar ver Inês – Gil Vicente por ele mesmo.
Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/film-and-theater-studies/1636235-cr%C3%ADtica-teatral-in%C3%AAs-gil-vicente/#ixzz24t0EWe5J




1.     Enredo
Dom Casmurro foi publicado em 1900 e é um dos romances mais conhecidos de Machado. Narra em primeira pessoa a estória de Bentinho que, por circunstância várias, vai se fechando em si mesmo e passa a ser conhecido como Dom Casmurro. Sua história é a seguinte: Órfão de pai, criado com desvelo pela mãe (D. Glória), protegido do mundo pelo círculo doméstico e familiar (tia Justina, tio Cosme, José Dias), Bentinho é destinado à vida sacerdotal, em cumprimento a uma antiga promessa de sua mãe.
A vida do seminário, no entanto, não o atrai, já o namoro com Capitu, filha dos vizinhos. Apesar de comprometido pela promessa, também D. Glória a sofre com a ideia de separar-se do filho único, interno no seminário. Por expediente de José Dias, o agregado da família, Bentinho abandona o seminário e, em seu lugar, ordena-se um escravo.
Correm os anos e com eles o amor de Bentinho e Capitu. Entre o namoro e o casamento, Bentinho se forma em Direito e estreita a sua amizade com um ex-colega de seminário, Escobar, que acaba se casando com Sancha, amiga de Capitu.
Do casamento de Bentinho e Capitu nasce Ezequiel. Escobar morre e, durante seu enterro, Bentinho julga estranha a forma qual Capitu contempla o cadáver. A partir daí, os ciúmes vão aumentando e precipita-se a crise. Á medida que cresce, Ezequiel se torna cada vez mais parecido com Escobar. Bentinho muito ciumento, chega a planejar o assassinato da esposa e do filho, seguido pelo seu suicídio, mas não tem coragem. A tragédia dilui-se na separação do casal.
Capitu viaja com o filho para a Europa, onde morre anos depois. Ezequiel, já moço, volta ao Brasil para visitar o pai, que apenas constata a semelhança entre e antigo colega de seminário. Ezequiel volta a viajar e morre no estrangeiro. Bentinho, cada vez mais fechado em usas dúvidas,  passa a ser chamado de casmurro pelos amigos e vizinhos e põe-se a escrever de sua vida (o romance).

2.     Personagens



3.     Análise
1) Dom Casmurro é narrado em primeira pessoa pelo protagonista  masculino que dá nome ao romance, já velho e solitário, desiludido e amargurado pela casmurrice, conforme lhe está no apelido. A visão, pois, que temos dos fatos é perpassada da sua ótica subjetiva e unilateral: "tudo que sabemos do seu passado, de seus amores, de Capitu, só o conhecemos do seu ângulo" - observa o Prof. Delson Gonçalves Ferreira em estudo sobre Dom Casmurro. Em consequência disso, paira dúvida sobre o adultério de Capitu - dúvida que não se tem dissipado ao longo dos anos.
2) O romance , como já observamos, é construído a partir de um flashback, por um cinquentão solitário e casmurro, "à la recherche de  temps perdu" ("à procura do tempo perdido"), o qual procura "atar as duas pontas da vida" ( infância e velhice). Perpassa. Pois, o romance uma atmosfera memorialista, dando a impressão de autobiografia, a qual, com o se sabe, não tem nada a ver com Machado de Assis.
3) O título do livro ("Dom Casmurro") reflete uma das características mais marcantes do protagonista masculino no crepúsculo da existência: a visão amarga e doída de quem foi traído e machucado pela vida, e, em consequência disso vai-se isolando e ensimesmando. "Não consultes dicionários, Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo" (Cap. I).
4) O romance se compõe de 148 capítulos curtos, com títulos bem precisos, que refletem o seu conteúdo. A narrativa vai lenta até o capítulo XCVII, a partir do qual se acelera, como declara o próprio narrador, ao dar-se conta da sua lentidão: "Agora não há mais que levá-la a grandes pernadas, capítulo sobre capítulo, pouca emenda, pouca reflexão, tudo em resumo. Já esta página vale por meses, outras valerão por anos, e assim chegares ao final" (Cap. XCVII).
5) Assim, pois, até o capítulo XCVII, quando o narrador sai do seminário, "com pouco mais de dezessete anos", focaliza-se, em câmera lenta, a infância e a adolescência, dada necessidade do narrador traçar o perfil dos protagonistas da estória (Bentinho e Capitu), revelando, desde as entranhas, o caráter e as tendências de cada um: afinal, o adulto sempre se assenta no pilar da infância, como insinua Dom Casmurro, no final da narrativa, ao referir-se a Capitu: "Se te lembras bem da Capitu menina, hás de reconhecer que uma estava dentro da outra, como a fruta dentro da casca" (Cap. CXLVIII).
6) Quanto ao lugar em que decorre a ação, trata-se do Rio de Janeiro da época do Império: há inúmeras referências a lugares, ruas, bairros, praças, teatros, salões de baile que evocam essa cidade imperial. Por outro lado, há também ligeiras referências a São Paulo, onde foi estudar Direito o ex-seminarista Bentinho, e também à Europa onde morre Capitu, e mesmo aos lugares sagrados, onde morre Ezequiel (Jerusalém).
7) Cronologicamente falando, a narrativa decorre durante o segundo Império, detendo-se mais o autor na inicia pela razão exposta no item 5. Contudo, construído sob a forma de flashback; “o que domina no livro não é esse tempo cronológico; é o psicológico, que se passa dentro das personagens, dentro da própria vida”, observa o Prof. Delson Gonçalves. Debruçado sobre a reconstrução da longínqua inicia de outrora, o solitário e magoado Dom Casmurro vai reconstituindo o “tempo perdido” de sua existência, filtrando os fatos sob sua ótica de cinquentão amargurado, revivendo a vida subjacente, que jaz nas suas entranhas.










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"Chapa" capota e fere 12 pessoas
Pelo menos doze pessoas ficaram feridas, duas das quais com alguma gravidade, quando uma viatura de transporte de passageiros vulgo "chapa", da rota Patrice Lumumba/Museu, despistou-se, capotou em seguida, na manhã de ontem, na Avenida de Moçambique, em frente do Cemitério de Lhanguene, na cidade de Maputo.
Maputo, Sábado, 20 de Outubro de 2007: Notícias
O facto ocorreu minutos antes das nove horas quando a mini-"bus", de marca Toyota Hiace, matrícula MMB 85-45, que circulava em direcção ao Museu, galgou os separadores montados naquela estrada e perdeu a direcção capotando de seguida.
Testemunhas que se encontravam no local, na hora da ocorrência disseram que o acidente resultou da excessiva velocidade com que a viatura circulava, porque o motorista começou a perder o controlo do carro um pouco depois de passar a ponte para travessia de peões montada naquela rodovia.
Na altura, o motorista procurava evitar um embate contra um camião que ali estava estacionado.
As vítimas que, de seguida, foram transferidas para o Hospital Geral José Macamo onde foram receber os primeiros cuidados médicos.
Jornal Notícias. Maputo, 20 out. 2007.

Metrificação
É a técnica para se medir um verso. Em Português, ela se apóia na tonicidade das palavras - é a escansão; contagem dos sons dos versos. É importante observar que as sílabas métricas diferem das sílabas gramaticais, observando-se as seguintes regras.
1. Contagem das sílabas métricas
a) só contaremos até a última sílaba tônica de um verso.
EX: Eu/ can/to/ por/que o /ins/tan/te e/xiste

b) Quando em um verso uma palavra terminar por vogal átona e a palavra seguinte começar por vogal ou H (que não tem som, portanto não é fonema, mas uma simples letra), dar-se-á uma elisão.
EX: Eu/ can/to/ por/que o /ins/tan/te e/xiste

c) Sinérese: é a fusão de dois sons num só dentro da mesma palavra.
EX: Eu/ can/to/ por/que o /ins/tan/te e/xiste

d) Diérese: o contrário da sinérese. Separa em sílabas distintas dois sons vocálicos dentro de uma mesma palavra.
EX: A/ra/me e/ se/da/ per/corro
o/ fi/o/ do/ tem/po/ liso.

e) Hiato: é o contrário da elisão. Separa-se de dois sons interverbais (a sinérese e a diérese são intraverbais; a elisão e o hiato são interverbais). Conferir elisão e hiato no exemplo a seguir:
E/ va/ ga
Ao/ lu/ ar
Se a/pa/ga
No / ar.

2. Classificação do verso quanto ao número de sílabas
a) Isométricos: são os versos de uma só medida. São classificados como: monossílabos, dissílabos, trissílabos, tetrassílabos, pentassílabos (ou redondilha menor), hexassílabos (heróico quebrado), heptassílabos (redondilha maior), octossílabos, eneassílabos, decassílabos (medida nova), hendecassílabos, dodecassílabos (ou alexandrinos).
b) Heterométricos: são os versos de diferentes medidas usados em um mesmo poema.
c) Versos livres: são aqueles que não obedecem a nenhum esquema. Não há metro, mas apenas ritmo, chamado de “ritmo interior”, muito ao gosto dos poetas modernistas.
d) Estrofe: o agrupamento de versos em um mesmo espaço, formando uma unidade rítmica e psicológica. Podem ser classificados como: monóstico, dístico, terceto, quarteto (ou quadra), quintilha, sextilha, sétima, oitava, nona, décima.Todas as estrofes que tenham mais de dez versos recebem a denominação de irregulares.